Nesse momento aqui e em qualquer lugar do mundo aconteceu ou está acontecendo um recomeço. Ele é atemporal, não tem uma lista de exigências, tem a força de um vendaval e simplesmente é um processo natural de vida. Para alguns ele chega sem pedir licenças, sem ser convidados ou se quer planejado. Para outros, o recomeço vem com um perfume suave e adocicado com alegrias que aquecem o coração com amor e gratidão. Os recomeços são pequenos ingredientes para grandes renascimentos. Você~e já viveu alguma situação que a sua vida mudou em questões de segundos? Frases como: estou sem chão, sem saída, sem rumo e sem norte, ecoam internamente alimentando os medos, as angústias, abrindo as feridas e acionando as memórias mais traumáticas já vivenciadas. Quem nunca, não é mesmo?

A dor, o medo, o desespero e dente outras emoções vivenciadas, cegam os olhos, secam a boca e os pensamentos ficam acelerados impedindo qualquer possibilidade de clareza e lucidez. E o mais temido por qualquer ser humano acontece: a exposição da sua vulnerabilidade floresce e concretiza, assim, o recomeço. Juntamente com ele vem o processo de renascimento. A fênix que mora dentro de casa um aos poucos vai ganhando força conforme os lutos internos, os desapegos e aceitação da nova realidade vão acontecendo. O poder da renovação da vida é árdua e dolorosa porém necessária. Ela é a força matriz que conduz o desenvolvimento humano e as transformações na natureza. Observe essa força nas estações do ano, nos ciclos que se iniciam,. enquanto outros são encerrados, como: casamento/divórcio; infância/adolescência; antigo emprego/novo emprego; nascimento/m,orte; e outros. portanto, os recomeços são inevitáveis, mas usá-los como uma oportunidade para o seu renascimento é somente para os corajosos.

Lembre-se a vida têm dessas coisas, como dizia Guimarães Rosa em seu livro Grande Sertão Veredas: “O correr da vida embrulha tudo, a vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem.

Com carinho,

Mari Rodrigues.