Os relacionamentos de modo geral são uma oportunidade única de crescimento e desenvolvimento pessoal, uma vez que ao interagir com o outro, eu conheço também um pouco mais sobre mim. Portanto, isso não seria diferente nos relacionamentos amorosos. Osho, na sua obra, relata que “quando dois mestres se encontram – mestre do seu Ser, de sua solidão – felicidade não é apenas acrescentada, é multiplicada.”

Ou seja, quando eu sou o Senhor de mim ao encontrar com o outro que tenha a mesma maestria o encontro é inevitável, único e de muita celebração. Mas para isso é preciso se aventurar na sua própria solidão. Comece se divertindo sozinho, ame a si mesmo e trilhe os passos da sua autenticidade. Seja feliz na sua própria companhia. Enlouqueça com as suas neuras e seja livre para dar boas gargalhadas das suas dificuldades.

Alimente os seus próprios sonhos e jamais transfira a culpa de não realizá-los para a outra pessoa. Cuidado com as mentiras que você anda contando para si mesmo nos momentos de solidão, porque elas possivelmente são os seus medos querendo enganar você sobre essa historia de que é o outro o responsável pela sua felicidade. Fiquem atentos as expectativas criadas, elas funcionam como flechas internas em busca de um algo fácil e ilusório, em vez de concentrar na voz da sabedoria do mestre que existe dentro de você.

Somente quando eu amo a minha solidão e me aventuro por ela, eu deixo de mendigar amor e construo ações correspondentes a de um verdadeiro mestre. Dessa forma, não uso o outro como a minha bengala na vida, porque ao amar a minha solidão, eu transbordo amor e desfruto da existência que está ao meu redor, inclusive o meu relacionamento amoroso.

Assim, “a pessoa que viveu em sua solidão será sempre atraído para a outra pessoa que também está vivendo lindamente a sua solidão, porque o mesmo atrai o mesmo.” Essa é a magia da solidão, como Osho cita anteriormente. A consciência do próprio funcionamento é a primeiro e imprescindível passo para mudança e para o encontro de um relacionamento amoroso sadio.

Um forte abraço!

Com Carinho,

Mari Rodrigues