O pai e a sua presença são fundamentais na vida do filho, pelo simples fato de representar a força que necessitamos ter, enquanto adultos, diante dos nossos desafios encontrados em nossa caminhada. O pai representa não só a força, como também o limite e a confiança que são necessários para o nosso mundo interno, e assim, ser possível de utilizarmos em nosso dia a dia.

Na infância, muitas vezes, a forma como o pai lida com o seu filho pode ser interpretado como falta de cuidado ou como negligencia, por simplesmente não ter atitudes semelhantes de cuidados como os da mãe. Por exemplo, o pai ao acompanhar o filho em um passeio de bicicleta, na sua grande maioria, avalia a segurança do ambiente e deixa o filho experimentar aquele momento. Ao retornar para a casa, possivelmente, o filho estará com a roupa mais suja ou até com alguns machucados do que se estivesse na presença da mãe. Porém, isso não implica em dizer se é certo ou errado.

Pelo contrario, tanta a mãe, quanto o pai, são fundamentais na vida de um filho e as suas funções são diferentes e complementares. No exemplo acima, enquanto a mãe pode sentir mais necessidade de proteger o filho da próxima vez que ele andar de bicicleta, o pai visualiza os machucados ou a sujeira como ganhos importantes diante do sofrimento ou dos desafios superados pelo filho naquele momento. O não fazer ativo do pai que deixa a criança arriscar a confiança em si mesmo, possibilita que ele acredite na sua capacidade de superação dos desafios e de confiar e assumir as suas próprias potencialidades e seus próprios talentos.  

Isso permite que a criança exercite a sua autonomia e na vida adulta isso pode ser praticado com mais segurança. Por isso, é importante que nós mulheres, enquanto mães, não anulamos a presença do pai na vida do filho quando apresentamos o nosso modelo como o único a ser seguido. Educar requer a presença dos dois, não tem receita pronta e instantânea. Quando se fala na relação entre pais e filhos o que realmente existe é uma forte e indescritível ligação. O pai é doador da vida e o filho é o que recebe esse fio. Lembre-se: “Quando eu honro em mim a minha força, a minha autonomia e a minha autoconfiança, em honro também como gratidão a figura do meu pai e a referencia masculina que habita em mim. E só assim, eu recebo esses ingredientes para construir uma vida com grandeza e força.”

Mas nesse minuto só pode está se questionando e para aqueles que não conheceram o seu pai ou por algum motivo não foi possível ter essa presença na sua vida. Não tem nenhum problema em repetir essas palavras citadas acima. Respire fundo, sinta a presença do seu Pai e pense que não importa quem foi o seu pai ou como foi a sua relação de vocês. Perdoe e ama tudo o que você sentir e pensar nesse momento. Jamais esqueça que super heróis só existem nas historias em quadrinhos e o Pai é humano, e, portanto, é um ser vulnerável e como qualquer ser humano tem as suas qualidades e fraquezas. Seja amoroso com essa historia que existe dentro de você.

Com amor e gratidão que hoje essa coluna realiza essa homenagem á todos os pais. Ao meu pai em especial agradeço não só pela graça da vida, pelo o amor e pela força que são fundamentais para o meu crescimento pessoal e na minha caminhada, como também por me ensinar diariamente que a alegria e o bom humor são temperos deliciosos a serem usados quando eu tenho que enfrentar os meus desafios. Aos meus avôs, sou grata por trazerem ao mundo as pessoas que me adoram o fio da vida, e assim, conseqüentemente, eu sou represento a imortalidade de vocês. Honro e reverencio a vida de todos os pais da minha arvore genealógica nesse dia. Não importa quem vocês foram ou quem vocês são, o que realmente importa é o pulsar da força da vida que vocês representam. Gratidão!

Com carinho Mari Rodrigues